Poda de Plantas Ornamentais: Novo Curso em DVD

A Associação dos Amigos do Jardim Botânico da Ajuda acaba de lançar o novo curso em DVD, intitulado «A Poda de Plantas Ornamentais»,

A apresentação desta colecção de Cursos de Jardinagem em formato DVD é um prolongamento da vasta experiência dos formadores dos Mini Cursos de Jardinagem do Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa. A apresentação é de Francisco Coimbra, que desenvolve um método simples e acessível, que permite enquadrar a maioria das plantas ornamentais em 4 modelos básicos de condução pela poda. Disponível aqui:

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A Aventura das Plantas e os Descobrimentos Portugueses

No Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) http://www.iict.pt/, em Lisboa, comprei este fascinante livro "A Aventura das Plantas e os Descobrimentos Portugueses" (3ª Edição) de José Mendes Ferrão. Não tive tempo de ir ver a exposição que está a decorrer, "As Plantas na Primeira Globalização", foi uma pena. Vou começar a ler, quando puder...


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Compostagem caseira

Hoje na Praça falámos sobre um dos projectos mais notáveis em termos ambientais do país, quer pelo trabalho desenvolvido na valorização e tratamento dos resíduos urbanos produzidos na região onde se insere, quer pelo dinâmica na sensibilização para estas e muitas outras questões, educacionais, sociais e ambientais, a LIPOR.



Recentemente deu início ao projecto 'Terra à Terra', que tem como objectivo a promoção da compostagem caseira de resíduos orgânicos ao nível das habitações e das escolas na área de intervenção da Lipor. Para aderir ao projecto e receber gratuitamente um compostor, os interessados deverão preencher a ficha de inscrição (disponível no site ou por telefone). Pode candidatar-se a utilizador qualquer cidadão com idade superior a 18 anos, que resida na área de intervenção do projecto, em habitação permanente e com jardim. É aceite uma inscrição por habitação. Visualizando o vídeo podem ficar a saber um pouco mais sobre o processo da compostagem.

Os utilizadores devem:

a) Assinar um compromisso que contenha os seguintes elementos: dados pessoais de
identificação, dados da habitação (agregado familiar, jardim) e compromisso de utilização do
compostor por 1 ano;
b) Frequentar uma Acção de Formação em Compostagem Caseira;
c) Praticar a compostagem caseira durante o prazo de 1 ano;
d) Permitir acompanhamento do processo de compostagem, nomeadamente pesagem dos
resíduos se for solicitado;
e) Responder a um inquérito sobre hábitos;
f) Autorizar o registo em base de dados SIG como fazendo parte do projecto.

Os utilizadores terão direito a:

a) Um compostor;
b) Apoio telefónico e ao domicílio;
c) Possibilidade de acesso a mais do que 1 compostor por habitação ou construção de
compostor de maiores dimensões, em determinadas condições, em função do agregado
familiar e da dimensão do terreno;
d) Recolha de excedentes de composto;
e) Informação sobre compostagem caseira em papel ou em formato digital, ou através do site da
Horta da Formiga (http://www.hortadaformiga.com/)



Com este projecto pretende-se fomentar na área de intervenção da Lipor a prevenção dos resíduos orgânicos recolhidos e tratados de forma centralizada, reduzindo assim, o impacte ambiental associado ao processo e melhorando a qualidade de vida da população afectada. Estima-se que o processo de compostagem caseira permita uma redução em mais de 300Kg/ano por compostor, pelo que com os 10.000 compostores que vão ser entregues, o potencial de redução pode ser de 3.000 ton de resíduos orgânicos.

Os municípios associados da Lipor são Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.







LIPOR
Departamento de Valorização Orgânica
Apartado 1510 4435-996 Baguim do Monte
Tel.: +351 229 770 100 / Ext. 525 l Fax: +351 229 770 145
E-mail: ana.lopes@lipor.pt
Web: http://www.lipor.pt/
http://www.hortadaformiga.com/

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I Colóquio Nacional de Sementes e Viveiros

Os materiais de propagação vegetal são a matéria-prima chave da produção agrícola e florestal. Não é um acaso que os países com agriculturas mais pujantes tenham uma história de indústrias de sementes e viveiristas relevante em, pelo menos, alguns destes produtos; como também não é um acaso que na reflexão mundial em curso sobre a agricultura e a alimentação, a qualidade (genética, fisiológica e sanitária) e a quantidade do material de propagação vegetal sejam temas nucleares. De 26 e 27 de Junho de 2009, no auditório da ESAS, Santarém.
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Mais informações aqui:
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APH - Secretariado
Associação Portuguesa de Horticultura
Rua da Junqueira, 299
1300-338 Lisboa
Tel. 21 362 30 94
Fax. 21 363 37 19

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Svalbard Global Seed Vault

Assegurar que a diversidade genética de todas as plantas cultivadas da humanidade é preservada para as futuras gerações é uma importante contribuição que poderá levar à redução da fome e pobreza em países subdesenvolvidos.
O 'Cofre de Sementes Global de Svalbard', estabelecido nas montanhas geladas desta região da Noruega, foi concebido para armazenar sementes provenientes de colecções de todo o planeta. Com cerca de 120 metros de comprimento, preserva as sementes de mais de 268.000 plantas diferentes. Estas são mantidas a -18ºC. Algumas podem germinar algumas décadas ou séculos depois, enquanto outras tem que ser semeadas e colhidas com frequência para assegurar a sua sobrevivência. Muitas destas colecções são de países subdesenvolvidos. Se forem perdidas, como resultado de catástrofes naturais, guerras ou simplesmente falta de recursos, as colecções podem ser restabelecidas usando os duplicados conservados em Svalbard.
A perda de biodiversidade é presentemente um dos maiores desafios face ao ambiente e ao desenvolvimento sustentável. A diversidade das plantas cultivadas está sob pressão constante. A sua perda poderá ter consequências irreversíveis na oportunidade de desenvolver cultivos adaptados às alterações climáticas, novas pragas e doenças, bem como às necessidades de uma população global em expansão.
Esta moderna arca poderá assegurar que, mesmo após uma catástrofe global, as sementes do nosso futuro permaneçam em boas mãos. Mais informações em:

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Produzir cogumelos em casa

O programa de hoje sobre cogumelos foi muito especial, pela surpresa generalizada em toda a audiência. Então não é que é possível produzir cogumelos em casa?!!! Além disso, poderá observar de perto todo o processo de crescimento e formação dos cogumelos, consumi-los frescos, sem pesticidas, enfim, de elevada qualidade. Não esquecendo ainda as suas propriedades terapêuticas, nutricionais e obviamente, aromáticas, já que representam um verdadeiro luxo no prato!!!

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Cultivo de repolgas em casa:
A repolga (Pleurotus ostreatus), também conhecido como cogumelo-ostra, é um fungo saprófita, que se vai alimentar de palhas de diversos vegetais. Esta espécie existe na natureza essencialmente em troncos de árvores debilitadas ou mortas e frutificam (produzem cogumelos) quando a humidade é elevada e as temperaturas baixas, geralmente no Outono.
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Valor nutritivo:
Proteínas - 4,5%
Água - 85-95%
Hidratos de Carb. - 4,8%
Fibra - 0,8%
Minerais - 1 %Valor calórico (100g) - 34 cal
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Manuseamento do saco
O cultivo de P. ostreatus é realizado dentro de instalações que, mediante a quantidade a produzir, podem ser mais ou menos sofisticadas. O substrato já inoculado encontra-se dentro de sacos de cultivo, que apenas tem de ser colocados no nos locais de incubação\frutificação.

Em função da estação do ano os sacos devem ser colocados em locais distintos, caso não haja instalações próprias para o cultivo. No Inverno deve-se escolher um local quente e no Verão um local fresco.
A temperatura óptima para o desenvolvimento do fungo situa-se entre os 15-25 ºC. A humidade e a luminosidade são também importantes para o sucesso da produção. No Verão devem-se realizar pulverizações com água sobre o saco, de forma a manter uma humidade elevada. A luz é importante para a fase de frutificação, mas não deve receber directamente luz solar.
Produção:
Decorridos 22 a 30 dias após a inoculação, surgem os primeiros primórdios (pequenos pontos brancos, que vão originar os cogumelos), que ao fim de 4 a 6 dias estão prontos para a colheita. Cada saco produz em média 2,5—3 Kg de cogumelos, distribuídos por três frutificações. Após uma frutificação, o fungo entra em “descanso” durante duas ou três semanas, até iniciar a frutificação seguinte, com o aparecimento de novos primórdios. A duração dos sacos é de cerca de 75 dias.

Colheita:Os cogumelos devem ser cortados pela base, com uma faca limpa. O chapéu tem um diâmetro que varia de 6 a 10 cm e deve ser colhido ainda com a margem enrolada para dentro.

O que fazer ao substrato utilizado?
No final da produção, o substrato encontra-se “esgotado” para a produção de cogumelos, no entanto pode ser compostado , dando origem a um rico substrato orgânico podendo ser utilizado na agricultura.

Conselhos culinários
Os cogumelos não devem ser lavados, apenas passados por um pano húmido, para não perderem parte dos seus aromas. Podem-se conservar em fresco no frigorífico até 8 dias, mais do que isso aconselha-se o seu congelamento. Para tal, devem ser refogados em azeite durante aproximadamente 10 min.

Omoleta de PleurotusIngredientes (2 pessoas): 3 ovos, 150 g. de cogumelos, azeite, salsa, sal e alho. Modo de preparação: frite os cogumelos partidos aos bocados juntamente com o alho picado durante 10 min. Ao lado bata os ovos com o sal e salsa picada e adicione aos cogumelos.


Sopa de Pleurotus
Ingredientes (2 pessoas): 25 g manteiga, 2 cebolas, 1 dente de alho, 250 g de cogumelos, 35 ml vinho branco, 1/2 caldo de galinha, 50 g batata, tomilho e salsa, 1 colher de sumo de limão, 3 pães de trigo, sal e pimenta preta.
Modo de preparação: Num tacho derreter a manteiga com as cebolas cortadas até dourarem.
De seguida adicionar os restantes ingrediente á excepção do pão, salsa e sumo de limão. Deixar cozinhar durante 30 min. Adicionar o pão aos bocados e passar tudo com a varinha mágica. Por fim deitar o sumo de limão e a salsa a enfeitar.

Existem 2 embalagens de Pleurotus, que produzem em quantidades diferentes, disponíveis aqui.

Cultivo de Shiitake em casa:
O Shiitake (Lentinus edodes), é um fungo saprófita, que se vai alimentar de troncos de diversos árvores. Esta espécie existe na natureza essencialmente em troncos de árvores debilitadas ou mortas e frutificam (produzem cogumelos) quando a humidade é elevada e as temperaturas baixas, geralmente no Outono e Primavera. É a segunda espécie mais comercializada no mundo. Faz parte da cultura Japonesa e Chinesa à centenas de anos.

Características dos troncos
Preferencialmente de carvalho ou castanheiro e nunca de resinosas ou fruteiras. Os troncos a inocular devem ser cortados cerca de 2 a 3 semanas antes de se realizar a inoculação, durante a fase de repouso vegetativo e a sua casca deve se manter intacta para evitar infecções e contaminações por parte de bactérias e fungos patogénicos. A sua origem pode ser diversa, nunca de resinosas, o castanheiro e carvalho são as ideais.
A sua dimensão pode variar entre:
  • Diâmetro: 10 cm – 35 cm:
  • Comprimento: 70 cm – 100cm
O tamanho ideal será troncos com 15-20 cm de diâmetro e 100 cm de comprimento.

Inoculação
  • Perfurar a 1,5 a 2 cm de profundidade do toro e com um diâmetro de 1 a 1,5 cm, com distâncias entre 20 a 30 cm no sentido longitudinal e 6 a 12 no transversal.
Esquema de furação
  • De preferência efectuar a inoculação no Outono;
  • Colocar o inóculo dentro de cada buraco e veda-lo com uma substância isolante (flinkcoat);
  • Um tronco médio é inoculado com 20 a 30 cavilhas de madeira;
Incubação
  • Os toros ficam alinhados na horizontal, uns sobre os outros (os da base não devem entrar em contacto com o solo), nunca ultrapassando 1 metro de altura (sobre uma palete).
  • Humidade da madeira – 35 a 55%.
  • O local de incubação deve ser quente (boa exposição), ventilado e com alguma humidade (nunca deixar secar por completo os toros).
  • O período de incubação pode durar de 6 meses a um ano.
Frutificação
  • Depende das condições ambientais, principalmente diminuição de temperatura (16-17 ºC) e aumento de humidade.
  • Sem intervenção humana este período corresponde à chegada do Outono.
  • Colocar os toros num local mais húmido e menos ventilado.
  • Indução da frutificação com regas abundantes ou imersão durante 24 horas em água e
    colocação dos toros na vertical.
  • Após 8 a 16 meses após a inoculação.
  • Tem a duração de 14-21 dias.
  • Podem produzir durante 2 a 6 anos.
  • 8 a 12 ciclos de produção.
  • O rendimento desta técnica, situa-se entre os 10 a 15% do peso da madeira utilizada.
Colheita
  • Colher os cogumelos quando 50 a 60% do chapéu estiver aberto.




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Plantas Medicinais da Farmacopeia Portuguesa – Constituintes, Controlo, Farmacologia e Utilização

O renovado interesse pela utilização das plantas medicinais na terapêutica veio originar uma crescente reintrodução das suas monografias nas modernas Farmacopeias. É o caso da presente Farmacopeia Portuguesa 9, publicada em 2008, uma tradução/adaptação para a língua portuguesa da Farmacopeia Europeia 6, do mesmo ano, onde os fármacos vegetais são identificados pelas suas características macroscópicas, pelo exame microscópico do respectivo pó, por ensaios físico-químicos e cromatográficos, ensaios que permitem detectar falsificações e geralmente indicação de um método de dosagem do ou dos constituintes mais responsáveis pela actividade farmacológica do fármaco.

O livro “Plantas Medicinais da Farmacopeia Portuguesa – Constituintes, Controlo, Farmacologia e Utilização” insere-se no conjunto de compêndios didácticos com interesse para os estudantes dos Cursos de Medicina, Farmácia e Enfermagem, mas também para os Profissionais desta área da Saúde. Quis-se assim, para as plantas medicinais inscritas nessas duas Farmacopeias, que representam as mais utilizadas na terapêutica nos Países da União Europeia, inserir, em monografias, os dados necessários para uma mais completa informação sobre estes fármacos vegetais.

As monografias incluídas neste livro, abrangendo 127 plantas medicinais, estão ordenadas alfabeticamente e incluem o nome latino, sinonímia, habitat e distribuição, parte da planta utilizada, fotografia, principais constituintes, identificação, ensaios de qualidade e dosagem, actividade farmacológica, indicações terapêuticas e referências bibliográficas.

A fotografia da capa é de uma planta de anho-casto ou árvore-da-castidade (Vitex agnus-castus) da nossa colecção, que orgulhosamente cedi ao Professor Proença da Cunha, a seu pedido.

O livro inclui, ainda, o prefácio do Professor Doutor Rui Manuel Ramos Morgado, Presidente da Comissão da Farmacopeia Portuguesa, um capítulo sobre Farmacopeias Portuguesas, indicação da bibliografia geral e um índice dos nomes comuns, botânicos e sinonímia portuguesa e brasileira das plantas medicinais inscritas no texto. Disponível aqui.

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Expojardim 2009

Mais uma edição da Expojardim, no exposalão da Batalha, de 26 Fevereiro a 01 de Março de 2009, das 10h às 20h
Para mais informações, clique aqui:

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Tomilho bela luz no Biosfera

Este video do programa Biosfera da RTP2 mostra o Thymus mastichina, também conhecido como tomilho bela luz, sal-puro ou sal-purinho, e é o mais fantástico de todos os tomilhos que conheço. Com o seu aroma fresco, forte e canforado, é uma planta exclusiva da Península Ibérica, um endemismo ibérico. Para ver o artigo completo sobre esta planta que se encontra lá mais para trás, clique aqui. Para adquirir esta planta, clique aqui.


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Poda de Roseiras

Eis uma das questões mais pertinentes quando toca a enfrentar as operações de manutenção das plantas nos nossos jardins: A poda.
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A maior parte das roseiras dos nossos jardins podam-se com os seguintes objectivos:
  • Supressão total dos ramos secos, doentes, danificados e fracos que enchem a parte interior da copa ou que se cruzam uns com os outros;

  • Formar a planta em vaso aberto de forma a torná-la mais eficiente em termos fotossintéticos e promover a sua resistência a pragas e doenças;

  • Estimular o desenvolvimento regular de novos caules, onde geralmente se dá a produção de flores em maior abundância.
Tipos de poda:
a) Poda curta ou forte - Se as hastes forem cortadas a 15 cm do terreno ou do tronco (no caso das roseiras de pé alto), não ficando com mais de 3 gomos. Recomenda-se para as roseiras recém plantadas e é usada para as variedades de rosa-chá hibridos quando o principal interesse é a produção de flor;

b) Poda média ou moderada - Quando os ramos se cortam sensivelmente a meio. Aplica-se na maioria das roseiras-chá híbridas com boa formação e em plena produção. Se as plantas estiverem em boas condições de vigor, a poda média é suficiente, mesmo para a obtenção de flores de primeira qualidade;

c) Poda longa ou fraca - Quando se procede a uma simples desponta. As plantas são cortadas a mais de dois terços do seu comprimento, ou seja, são apenas despontadas. Usa-se em variedades antigas ou nas plantas extremamente vigorosas. De um modo geral, não se recomenda por induzir arbustos esguios, produzindo flores embora temporãs mas de qualidade inferior ano após ano.

O tipo de poda não depende exclusivamente do vigor da planta, mas também do tipo de roseira. O equilíbrio entre a força das hastes deixadas e os novos rebentos de base é essencial para um normal desenvolvimento de toda a planta.

Durante a poda eliminam-se todos os ramos que rebentem do porta-enxerto (ladrões), os quais se distinguem com facilidade pela diferença de diâmetro e cor das hastes, folhagem e acúleos.
Embora a poda contribua para aumentar o número de flores, essa missão cabe fundamentalmente à fertilização.

Corte
Faz-se em bisel, ou seja, inclinando em relação ao eixo do ramo logo acima de um gomo voltado para o lado exterior da planta, mais baixo do lado oposto ao botão. O corte deve ficar 5 a 10 mm do gomo. Se ficar mais próximo a acumulação de hormonas de cicatrização do corte ocasiona normalmente a secagem e queda do gomo. Se se afasta, o caule acima do gomo acaba por secar por falta de alimento e os tecidos secos são porta de entrada para fungos e bactérias.

Época de poda
a) Roseiras acabadas de plantar — poda de formação. Depende da época de plantação;

b) Roseiras estabelecidas (um ano ou mais) — poda de produção. É aconselhada após terminar o período de repouso invernal. A seiva começa a sua ascenção, que se traduz exteriormente como um primeiro sintoma de novo crescimento, pelo engrossar e avermelhar dos gomos (geralmente em Março). Defendo uma situação intermédia, com podas no Inverno (Janeiro/Fevereiro) pois não só permite a floração tardia (outonal), como estimula uma floração temporã primaveril, o que não aconteceria se se podasse em Março.

A poda muito tardia provoca o enfraquecimento das plantas, porque a seiva após o desabrochar dos botões é fortemente atraída para os topos e os cortes eliminam parte dela.

O corte da flor é feito a não mais de um terço da haste e sempre acima do primeiro gomo, colocado do lado exterior da planta. Aconselha-se o corte de todas as flores secas, pois estas ao desenvolverem as sementes esgotam inutilmente algumas reservas.
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Este é o vídeo de hoje da Praça que ilustra um pouco de tudo isto que acabei de descrever, acrescentando ainda algumas dicas para a poda de hidrângeas (hortênsias), uma espécie de mini-curso online de poda!!!



Fica também um video que foi aqui colocado há uns tempos atrás e que mostra de forma mais pormenorizada e igualmente divertida a questão da poda das roseiras. Uma verdadeira pérola a não perder. A isto é que se chama um 2 em 1...

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Revista Vida rural

É com prazer que mantenho em 2009 a minha colaboração enquanto cronista da secção de jardinagem da revista Vida rural, situação que perdura desde Junho de 2007. Considero ser uma revista de boa qualidade, que notoriamente contribui para o esclarecimento de questões fundamentais para o sector agrícola no nosso país. Para melhor conhecer este projecto, ver aqui:

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Lista de plantas Janeiro 2009

Deixo a lista de plantas disponíveis no Cantinho das Aromáticas para Janeiro, de forma a que seja mais fácil descarregar para consulta e escolha na nossa loja virtual, em http://loja.cantinhodasaromaticas.pt/loja/.
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Da lista fazem parte informações detalhadas sobre as plantas, organizadas numa tabela, tais como:
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Nome vulgar da planta;
Nome científico;
Propriedades (Aromática, Medicinal, Condimentar - A,M,C);
Comestível (sim ou não);
Repelente de pragas (sim ou não);
Atrai insectos úteis (sim ou não);
Ciclo (Anual, vivaz, perene);
Exposição (Sol, meia-sombra, sombra).
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Depois de escolhidas e confirmada a sua compra, as plantas são enviadas por transportadora para qualquer ponto do país.

Lista de plantas Janeiro 2009
Lista de plantas Janeiro 2009

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Essência do Vinho 2009

É a continuação natural das bem sucedidas edições de 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008. Trata-se de um evento que se impôs nos últimos anos no calendário nacional e até internacional de grandes acções vínicas, sendo de longe considerado o melhor e maior realizado em Portugal. Vai muito além do conceito da vulgar feira de vinhos programada e direccionada para o sector do vinho. A Essência do Vinho engloba também o universo gourmet e um vasto programa paralelo de acções (provas temáticas de vinho, eleição dos melhores vinhos por um painel internacional, tertúlias sobre o vinho, música, animação, etc.) Por isso, a Essência do Vinho é um evento que permite uma aproximação entre produtores de diferentes regiões e o consumidor final, de restaurantes, distribuidores, etc.), divulgando de forma concertada a diversidade do vinho.
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De 5 a 8 de Março de 2009, no Palácio da Bolsa, Porto
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Essência do Vinho
Palácio da Bolsa - R. Ferreira Borges
4050-253 Porto - Portugal
Tel.: +351 22 2088499/500
: +351 96 1359722
Fax: +351 22 2088501

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Sociedade Portuguesa de Fitoquímica e Fitoterapia

A Sociedade Portuguesa de Fitoquímica e Fitoterapia – SPFito – é uma associação sem fins lucrativos e de natureza científica, com sede na Rua da Sociedade Farmacêutica, 18, Lisboa, conforme se pode ler no extracto da escritura da sua constituição publicado no Diário da República 2ª série Nº. 33 em 15 de Fevereiro de 2007.
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Esta associação tem como principal objectivo difundir os conhecimentos científicos na área da fitoquímica e da fitoterapia, a fim de promover a utilização racional de plantas medicinais, medicamentos e outros produtos à base de plantas.
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Sede:
Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos
Rua da Sociedade Farmacêutica, 18
1169-075 Lisboa
Tel. 213 191 370
Fax. 213 191 398
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Secretariado:
Alexandra Paulo
Faculdade de Farmácia
Av Prof Gama Pinto, 1649 003 Lisboa
Tel. 217 946 473
E-mail: mapaulo@ff.ul.pt

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Amigos da terra

De forma a diminuir as emissões de CO2 e ajudar a estabilizar o nosso clima, os jardineiros devem ver a sua actividade como mais uma força amiga do ambiente. Podemos começar por transformar relvados em jardins produtivos.

Quando toca a enfrentar os novos desafios ambientais, como reduzir a pegada de carbono e combater as alterações climáticas induzidas pelo homem, nós amantes dos jardins e do cultivo somos uma força a ter em conta. Convém no entanto não esquecer que a actividade não é tão amiga do ambiente como muitos supõem. Este tipo de pensamento, corrente, até mesmo em conferências organizadas sobre o tema, simplesmente não corresponde à verdade. Muitas actividades de manutenção e produtos utilizados em jardinagem estão longe de ser amigos do ambiente.
Quase todas as discussões em torno da jardinagem e da forma como as alterações climáticas a condicionam, parecem concentrar-se na 'adaptação a...'. Muitas pessoas me dizem, com alguma alegria, que qualquer dia poderão estar a cultivar e produzir plantas tropicais ao ar livre, em Trás-os-Montes, graças às alterações climáticas.
Em vez de me resignar em relação a esta questão, prefiro fazer alguma coisa agora para ajudar a travar o aquecimento global, reduzindo as emissões de CO2. Precisámos de ‘abrandar’ os nossos jardins. Os combustíveis utilizados para aquecer as estufas de produção de plantas ornamentais, nas máquinas de cortar a relva ou nos automóveis, em direcção ao horto, a energia utilizada para produzir, embalar, promover e transportar fertilizantes, pesticidas, máquinas e acessórios, tudo somado, e torna-se bem claro que esta actividade tem uma considerável pegada de carbono.
A ideia fantasiosa de que, simplesmente porque estamos a cultivar, reduzimos ou cancelamos o CO2 auto-produzido, é falsa. Mas cultivar é o que mais gostamos e, associado ao cultivo, há uma actividade que, além de ajudar no corte de emissões, garantidamente beneficia o planeta e as pessoas, em qualquer sítio: Produzir os seus próprios alimentos. Ao fazê-lo, criámos muitos benefícios, ambientais e sociais. Imediatamente eliminámos várias etapas numa longa cadeia que gasta energia de forma intensiva. Os alimentos viajam apenas alguns metros, não quilómetros, a embalagem não existe, o desperdício também não. As viagens de automóvel ao supermercado para comprar alimentos são reduzidas. Consumir frutas e legumes colhidos no momento certo é muito mais saudável, logo ficámos menos susceptíveis de necessitar de cuidados médicos intensivos. Pouco me espanta por isso que muitos trabalhos de investigação demonstrem que os que cultivam e produzem de forma biológica (orgânica) tenham uma pegada de carbono 1/3 inferior à média nacional de muitos países na Europa, atingida em parte pelo facto de produzirem os seus próprios alimentos.
Cultive a sua própria horta, é uma tentativa séria de viver de forma mais equilibrada no planeta. E os benefícios de o fazer não acabam no portão do seu jardim. Estará a contribuir para a redução efectiva de CO2 libertada na atmosfera, ao reduzir toda uma cadeia de produção intensiva. Ao cultivar os meus alimentos, estou a cultivar resiliência. Mas a forma como os produzo é tão importante como os próprios alimentos.
Como jardineiro que produz de forma biológica (orgânica), vejo a natureza como um aliado, nunca um adversário. De forma a libertar a nossa força colectiva, todos devemos começar a cultivar desta forma. As alterações no planeta são demasiado evidentes para eternizarmos as discussões ‘biológico vs químico’. Jardinagem e ambiente são questões diferentes.
Quem assim cultiva, está numa posição privilegiada para tomar acções reais e positivas de forma a aliviar alguma da pressão ambiental que sofremos. Mas devemos assumir uma posição crítica em relação à nossa actividade e questionar: somos nós e os nossos jardins realmente amigos da terra?

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Livro: Seja ecológico, escolha biológico

Um livro para as famílias que anseiam por uma vida mais limpa, mais ecológica e mais saudável. Seja qual for o tamanho do jardim – mesmo na cidade – este livro está cheio de ideias brilhantes e de soluções simples que encaminharão as pessoas para um estilo de vida mais sustentável.
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Entre muitas outras coisas, este livro incentiva e ensina a cozer pão, a plantar uma macieira, a comprar localmente, a criar galinhas, a cultivar verduras numa floreira, a procurar cogumelos, a colher bagas, a recolher água da chuva, a fazer compota, a criar um porco, a poupar energia, a fazer compostagem, a planear um jardim de ervas, a conservar as colheitas, a fazer vinho biológico, etc. 352 páginas, da Civilização Editora. Disponível aqui.

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