Praça da Alegria no Facebook

E com esta ferramenta o Praça da Alegria está mais interactivo do que nunca!!! Qualquer pessoa com uma conta no Facebook poderá, em tempo real, expressar a sua opinião, acrescentar uma receita ou conselho, etc. Acessível em http://www.facebook.com/pracadaalegria.

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E há 12 anos quando me estreei na Praça…

Fui ao baú de pérolas e encontrei este 'tesourinho deprimente', nada mais nada menos do que a minha 1ª participação televisiva!!! Corria o ano de 1998 (como o tempo passa...), estava eu a trabalhar como encarregado geral dos jardins do Parque de Serralves, tendo também iniciado os cursos de jardinagem para o público, que ainda hoje decorrem. E lá fui eu promover os ditos, ao Praça da Alegria, na altura apresentado pelo Manuel Luís Goucha e pela Sónia Araújo.

É notório o nervosismo em toda a entrevista, bem como os 12 anos a menos (e muito menos quilos também...).

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15 anos de Praça da Alegria

Que bela festa foram os 15 anos da Praça da Alegria!!! Que orgulho tenho em fazer parte da equipa de convidados que regularmente preenchem o ecrã de muitos portugueses, cá e pelo mundo, com mensagens de verde, de partilha, de esperança, de alegria. Senti isso, mais do que nunca após 3 anos de colaboração regular, neste pavilhão Rosa Mota, repleto de quem nos acompanha e dá alento. E com a minha avó, fã nº1 ao lado!!!
 
Deixo-vos com as excelentes reportagens de homenagem, realizadas pelo Hugo e pela Joana, que acompanharam de perto todos os momentos. Parabéns a todos por este programa, singular na televisão portuguesa, exemplo de serviço público.

A  equipa

Os convidados

Os apresentadores

O público

Para mais tarde recordar!!!!
eu e o mancha

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Dióspiro

O dióspiro (Diospyros kaki) é um fruto proveniente da Ásia, mais precisamente da China, de onde foi levado para a Índia e para o Japão, onde se cultiva desde o século XVII. Etimologicamente Dióspiro vem do grego Theos-piro, relativo à beleza da árvore, Fogo de Deus (piro-tecnia) (Theo-logia).

Com o passar do tempo, difundiu-se pelos cinco continentes. Actualmente, os principais países produtores são o a China, o Japão, a Coreia , o Brasil, a Índia e, na Europa, Itália e Espanha.

Em Portugal existem alguns pomares, bem conduzidos, regados e com boa produtividade, localizados sobretudo na região do Algarve. Contudo, a maioria do dióspiro é proveniente de árvores dispersas ou em bordadura, espalhadas por todo o país, sendo o seu interesse económico reduzido. A área ocupada por esta cultura é de cerca de 231 ha, dando origem a uma produção superior a 2.900 toneladas anuais.

O diospireiro é uma espécie de origem subtropical, adaptando-se em de clima temperado. As suas variedades dividem-se em função da sua adstringência. As "adstringentes" - Coroa de Rei, Kaki tipo e Roxo Brilhante - são as mais comuns e necessitam de uma maturação adequada para poderem ser consumidas. As "não adstringentes" – Fuyo, Hana Fuyo, O Gosho, Giro, Cal-Fuyo, Fau-fau e Sharon - podem consumir-se de imediato, após a colheita.

É uma espécie de folha caduca, exigente em horas de frio para quebrar o repouso vegetativo. Suporta as temperaturas baixas de Inverno e apresenta sensibilidade às geadas tardias de Primavera. É uma espécie muito sensível ao vento, principalmente na época de produção, e muito exigente em luminosidade. Adapta-se a diferentes tipos de solos, desde os arenosos aos argilosos, preferindo, no entanto, os de textura média, profundos, bem drenados e ricos em matéria orgânica. É uma excelente planta ornamental.

Qualquer que seja a variedade considerada, o fruto do diospireiro, retirando a sua fina casca, é praticamente constituído só por polpa, de aparência gelatinosa e fria, composta basicamente de mucilagem e pectina, responsáveis pela aparência característica da fruta. O seu teor de açúcar, que varia entre 14 e 18%, supera o da maioria das frutas de consumo popular. É uma boa fonte de sais minerais como potássio, cálcio, fósforo e ferro, vitaminas A, B1, B2 e C e ainda betacaroteno.

Esta fruta delicada é degustada basicamente ao natural. Embora muito pouco conhecidas, existem receitas de sobremesas, tais como: bolos, biscoitos e mousses, preparadas com o dióspiro. Para conservar este fruto fora da sua época de comercialização podem preparar-se compotas ou então proceder à sua secagem, processo este que, como aliás o de qualquer fruta-passa, tem a grande vantagem de manter as qualidades nutritivas da fruta sem que lhe sejam adicionados produtos químicos ou nocivos à saúde.

A colheita deve ser efectuada quando os frutos estão rijos e inteiramente coloridos. Trata-se de um fruto perecível que, após a colheita, é sujeito a um processo tecnológico de controlo de amadurecimento em câmaras de frio. O dióspiro é um fruto muito delicado e difícil de comercializar, pois tem a casca muito fina e a polpa mole. Deverá, por essa razão, ser bem embalado para o seu transporte. A excepção é a variedade Sharon, que produz frutos rijos e consistentes.

A época de comercialização ocorre desde o início de Outubro até meados de Dezembro. Cerca de 85 a 90 % da produção nacional destina-se aos mercados abastecedores dos grandes centros urbanos e 5 a 10% às grandes superfícies de venda. As vendas para o exterior são praticamente nulas, sendo que cerca de 95 % dos dióspiros à venda no nosso país provêm de Espanha.

A poda de produção realiza-se durante o repouso vegetativo do Diospireiro.

Como comprar e conservar

A coloração pode apresentar-se desde amarelo – alaranjado até um laranja escuro. Habitualmente, o diospiro tem um elevado conteúdo de taninos, o que faz com que os frutos não amadurecidos sejam adstringentes e com sabor amargo. Escolha diospiros que ainda conservem o pedúnculo e o cálice. Manipule com cuidado porque tem uma pele muito sensível a danos físicos. Poderá optar por comprar o fruto ainda duro e deixar amadurecer em casa, visto que o processo de amadurecimento é rápido e pode ainda ser acelerado se for colocado junto de outras frutas, como a banana. Evite os danos na pele e o amadurecimento excessivo porque nessa altura a pele tende a quebrar-se e poderão desenvolver-se assim bolores na superfície.

Vantagens e desvantagens

Devido ao seu elevado teor de hidratos de carbono, principalmente daqueles com absorção rápida, o consumo de dióspiro deverá ser moderado pela natureza energética e pelas alterações de glicemia (nível de açúcar no sangue) que podem provocar.

Tem na sua composição carotenos que irão ser transformados em vitamina A depois de absorvidos pelo organismo. A vitamina A é um componente dos pigmentos visuais responsáveis pela recepção de luz na retina dos olhos. Além disso, é importante para uma pele saudável, no crescimento, desenvolvimento ósseo e para a reprodução.

O potencial anticarcinógénico e antimutagénico dos taninos parece estar relacionado com a sua capacidade antioxidante, traduzindo-se numa protecção contra os danos oxidativos a nível celular e na inibição da produção de radicais livres responsáveis por induzir alterações celulares envolvidas em doenças como a aterosclerose, as doenças inflamatórias e o cancro.

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Agricultura biológica no Porto Canal

Uma agradável conversa no programa Porto Alive, dedicado à Semana Nacional da Agricultura Biológica, feita de desabafos, actualidades, intimidades e claro, muitas ervas aromáticas à mistura!!!

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Regressado de Itália

Após uma fantástica viagem a Itália, com passagem por Florença e Roma, além da cidade do Vaticano, onde fui a uma audiência com o Papa, eis que recebo a notícia de que Bento XVI propôs o relançamento da agricultura como forma de diminuir a crise económica mundial .

"Considero que chegou o momento de voltar a valorizar a agricultura, não de uma forma nostálgica, mas como fonte indispensável para o futuro", acrescentou o Sumo Pontífice.

Apesar da crise, "os países industrializados incentivam estilos de vida dominados pelo consumismo", declarou o Papa, propondo "um novo equilíbrio entre agricultura, indústria e serviços para que o desenvolvimento seja sustentável".

O Papa Bento XVI desafiou o mundo a revalorizar a agricultura para fazer face à crise económica mundial, uma ideia já expressa na sua encíclica «Caritas in Veritáte».

Depois disto, há quem diga que alguns dos meus pensamentos na Praça de São Pedro foram "absorvidos" pelo Papa!!!

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Noz e castanha no Cantinho das Aromáticas

Já chegaram as nozes e castanhas à nossa lojinha, directamente de Trás-os-Montes, melhor não há!!! Agora só tem que nos visitar pessoalmente ou então encomendar online aqui.

 

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Regresso ao campo - documentário da RTP sobre os neo-rurais em Portugal

Como é a vida dos neo-rurais portugueses? Porque se decide ir viver para o campo?... Um excelente documentário de Paulo Silva Costa, na RTP1.
 

“As pessoas saíram das áreas rurais à procura de trabalhos menos violentos do que aqueles que tinham, melhores e mais regulares remunerações e sobretudo, de melhores oportunidades para os filhos. Ir para a cidade representava uma ascensão social.”.

“O mundo rural nos últimos 30 anos mudou, com a introdução de máquinas na agricultura, com a Internet, com os subsídios comunitários, que permitiram valorizar actividades que tinham deixado de ter valor”.

“Os novos rurais são, em certa medida, os filhos e os netos dos que partiram no êxodo rural. Como os seus pais e os seus avós, eles vão à procura de mudar de vida”.

“Vão procurar modos de vida em que possam controlar o seu tempo e o seu ritmo, possam desenvolver actividades económicas em equilíbrio com a natureza e com o ambiente, vão à procura de estilos de vida mais solidários, de maior entre-ajuda, mais humanos, acima de tudo, são pessoas com uma cultura de território, vão à procura de um sítio específico ou de um lugar onde possam ser felizes”, palavras da geógrafa Teresa Alves, professora do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa.

Valorizaram-se também socialmente modos de vida desprezados num passado recente. E iniciou-se outra migração interna, a mudança para o campo dos ex-citadinos...

Agora, os geógrafos até já distinguem diferentes grupos destes "neo-rurais": há os que partem por motivação ecológica, os que na reforma regressam à terra natal, aqueles que se dedicam ao tele-trabalho, e até os desempregados por causa da crise...
 

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Análises rigorosas às nossas ervas

Recentemente, depois de enviar o primeiro camião do ano com os frutos da nossa colheita até Setembro, para França, pelo quarto ano consecutivo, recebi uma das melhores notícias profissionais da minha vida. O lote maior (1400 kg de limonete) foi submetido a rigorosas análises, por iniciativa do cliente, de forma a despistar 160 pesticidas!!!

Um procedimento habitual neste negócio, pois as matérias-primas serão utilizadas por algumas das indústrias mais exigentes em qualidade do planeta (farmacêutica, cosmética, alimentar), mas até hoje, nunca com este rigor, já que as análises foram efectuadas num laboratório Europeu de referência, o número de parâmetros é muito maior que o habitual e as substâncias foram procuradas com um rigor de 0,01 mg/kg.

Muitos destes pesticidas permanecem no solo vários anos e conseguem por isso ser detectados numa análise efectuada com este nível de exigência. Já para não referir o potencial cancerígeno de muitos deles... NÃO DETECTADO em todos os parâmetros foi para mim uma alegria indescritível, fiquei mesmo emocionado... de alegria!!!

De certo modo estes resultados refletem a nossa atitude, a nossa honestidade com o que produzimos, com os nossos clientes e com os agricultores que apoiamos. Em última análise, à nossa escala, com o Planeta. O solo é uma espécie de "máquina da verdade", que neste caso contou a história da nossa vida nos últimos 8 anos e demonstrou o enorme respeito que sempre tivemos com ele.

Provando mais uma vez que a Agricultura Biológica é uma realidade contemporânea exequível, mesmo em espaço urbano, o seu conjunto de práticas e processos levam à produção de produtos de grande qualidade, tornando viável a actividade económica para o agricultor, que consegue exportar os seus produtos com maior valor, respeitando e enriquecendo diariamente e a longo prazo, o meio que o rodeia, do qual depende, univocamente.

Quantos agricultores conhecem os meus leitores ou os meus pares, que foram já esmiúçados desta forma?!! Pois é... Sempre fiel aos princípios, hoje, mais do que nunca, sinto fazer parte daquele emergente grupo de pessoas que contribuem com esforço e dedicação para a derradeira mudança de atitude que urge, para que o futuro neste território, neste abençoado Planeta, seja ainda possível, mesmo para o nosso legado.


Por uma questão legal, apenas posso publicar os resultados, sem identificar o cliente ou o laboratório. No entanto as análises estão expostas na nossa lojinha, para gáudio diário de quem por lá passa!!!

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Kiwi e Medronhos

Que grande prazer me deu fazer esta rubrica sobre kiwi e medronho!!! Foi como que juntar o popular e mundialmente conhecido (kiwi) com o esquecido mas resiliente (medronho). Um foi introduzido, o outro já cá está há milhares de anos, ambos com um potencial alimentar tremendo.

Dois frutos que me trazem memórias inesquecíveis: a primeira vez que provei o ainda exótico (e raro) kiwi, e a sensação de estranheza e confusão na boca que causaram o seu peculiar gosto e textura única!!! Além do preço, na altura proibitivo... E as tardes de Outono no Campus da UTAD, antes ou depois de uma partida de ténis, o assalto aos irresistíveis frutos que povoavam os medronheiros das redondezas... Talvez por isso as partidas fossem sempre tão "divertidas"!!! Estas e outras informações preciosas no vídeo que se segue, que pelo tema, companhia e prazer que deu, se fez longo...



A Actinidea sp., nome científico da planta do kiwi, é oriunda da China, do vale do Rio Yantzé. Por volta do século XVI, um Padre jesuíta francês, Incarville, trouxe a planta para a Europa, contudo, só a partir de 1970 é que esta cultura começou a ter expressão na Europa.

Foi na Nova Zelândia, que esta planta teve maior impacto. Em 1906, foram levadas por Isabel Frazer, de regresso de uma viagem à China, a primeiras sementes de Actinidea para a Nova Zelândia e em 1924 foi desenvolvida a variedade Hayward que produz os frutos, que ainda hoje encontramos no mercado. A Nova Zelândia foi o país que mais desenvolveu esta cultura, tornando a Actinidea uma das culturas mais interessantes da agricultura.

Desde então foram desenvolvidas outras variedades, no entanto, nenhuma consegue substituir a variedade Hayward. Hoje conhecem-se pelo menos 70 espécies do género Actinidea. Actualmente, o principal produtor mundial de kiwis é Itália, que recentemente ocupou o lugar da Nova Zelândia.

Em Portugal, a cultura foi iniciada na década de 70 pelo Dr. Ponciano Serrano que trouxe de França as plantas e plantou o primeiro pomar, reconhecendo as excelentes condições edafo-climáticas da Região para a produção de kiwis. Na década de 80 a cultura começou a ter alguma expansão devido à sua rentabilidade. No entanto, em 1992 o mercado teve uma quebra acentuada nos preços pagos ao produtor, o que gerou abandono de parte dos pomares e grande desmotivação nos kiwicultores.

Com o passar dos anos os preços estabilizaram e a partir de 2000 surgiu novamente o interesse pela cultura, motivado pelas Organizações de Comercialização Nacionais e pelo incremento de novas tecnologias de produção que melhoraram as produtividades e a qualidade. Portugal produz anualmente cerca de 12000 toneladas de kiwi numa área de 1000 hectares, com cerca de 300 produtores e 5 grandes Organizações de Comercialização.

Sabia que o kiwi é um dos frutos com maior concentração em vitamina c?
O kiwi é o fruto mais rico em Vitamina C (concentração três vezes superior à da laranja).

Sabia que o kiwi é uma fonte importante de fibra podendo ser utilizado como laxante natural?
Um kiwi, fornece uma dose de fibras crua superior à de um prato de flocos de cereais, com a vantagem de não necessitar de ser acompanhado de alimentos gordos ou doces.

Sabia que o kiwi é extremamente baixo em calorias?
Um kiwi médio fornece aproximadamente 65 Kcal, uma vez que 90% do seu peso é constituído por água.

Sabia que o kiwi é um antioxidante natural, o que permite prevenir o cancro e outras doenças?
Possui compostos com efeitos preventivos do cancro, doenças cardiovasculares e doenças de foro intestinal.

Sabia que o kiwi é uma fonte importante em ácido fólico?
Na gravidez, em fase de crescimento e em situações de cicatrização, o ácido fólico tem um papel fundamental. O ácido fólico degrada-se com a cozedura, mas como o kiwi é ingerido em fresco, torna-se uma das únicas fontes deste nutriente.

Sabia que os kiwis de portugal têm características excepcionais?
Devido à conjugação das características de solo e de clima (elevado número de horas de sol) aliado a técnicas tradicionais de produção, assim como à sua colheita tardia, o kiwi português é colhido “maduro”, pelo que os kiwis de Portugal apresentam características de sabor superiores (mais doces e aromáticos).

Sabia que o kiwi tem imensas utilidades em culinária?
O kiwi pode ser consumido em sanduíches, saladas de hortícolas ou de fruta, em puré, em sobremesas, em bebidas e naturalmente inteiro. Já experimentou cortar um kiwi ao meio e comê-lo com uma colher!!!

Aprenda a comer kiwi
A melhor forma de comer o fruto do kiwi é com uma colher como se fosse um iogurte. Para isso é necessário que o kiwi esteja no ponto óptimo para consumo, nem muito duro nem muito mole, e cortar o kiwi ao meio com uma faca. Depois delicie-se com esse fruto saboroso.

Curiosidade: Normalmente as crianças são um pouco relutantes a consumir kiwi. Mas se lhe der a provar kiwi com a colher, eles vão adorar e vão começar a pedir kiwi mais vezes… o que é óptimo porque contribui para o bem-estar nutricional deles!!!

Aprenda a escolher o kiwi
Pegue num kiwi e aperte-o ligeiramente com o polegar. Se sentir que quando pressionado cede um bocadinho e a seguir volta à sua forma inicial, significa que está no ponto ideal para consumo. Se não voltar à forma inicial, significa que já está demasiado maduro. Se ao pressionar não verificar que cede à pressão, então leve para casa e espere que amadureça.

Aprenda a amadurecer o kiwi
Se comprou kiwis ainda verdes, coloque-os num saco de plástico com uma ou duas maçãs. Depois tem que ter o cuidado de ir controlando todos os dias e retirando os kiwis maduros, porque o seu amadurecimento é muito rápido e, se se esquecer podem ficar maduros demais.

Poda – Obter uma boa distribuição das varas de produção de forma a assegurar uma boa frutificação, arejamento, polinização e luminosidade da copa. Após a queda das folhas no período compreendido entre meados de Dezembro a meados de Fevereiro.

Nº varas – em compasso 5x5 – 22 a 25 varas/planta; em compasso 5x3 – 15 a 18 varas;

Empa – atar as varas aos arames de suporte tendo o cuidado de não as cruzar entre si de forma a permitir uma boa penetração de luminosidade e boas condições de polinização.

Fertilização e correcções – calcário e matéria orgânica, de Dezembro a Março.

Enxertias – quando há problemas de má polinização podem enxertar-se machos de má floração assim como enxertar varas de machos em plantas fêmeas, a fim de solucionar o problema. Feitas na 2ª quinzena de Fevereiro, caso hajam rebentos no tronco, ou a partir de Junho, em rebentos do ano que surjam no tronco.

O medronheiro (Arbutus unedo) é um arbusto ou pequena árvore de folha perene, que empresta cores e sabores aos matagais mediterrânicos. É particularmente conhecido pela aguardente de medronho preparada a partir dos seus frutos. Pertence à família das Ericáceas, partilhando-a com as urzes (Erica sp.). É um arbusto ou uma árvore de pequena dimensão. Pode atingir os 8 a 10 m de altura ainda que usualmente não ultrapasse os 5 m.

As folhas são persistentes (existem folhas na copa durante todo o ano), grandes (medem 4 a 11 cm). São muito parecidas com as do loureiro. As flores são pequenas, com um cálice curto, esverdeadas, reunidas em cachos (ramalhetes). Os frutos são globosos, granulosos ou eriçados na superfície, medem entre 20 a 25 mm, de cor avermelhada quando maduros, com sementes pequenas, angulares e de cor castanha.

Floresce no Outono ou no princípio do Inverno. A maturação dos frutos ocorre no Outono do ano procedente. É nesta época, devido ao facto de a floração e a maturação dos frutos do ano anterior ser simultânea, que o medronheiro se cobre de uma "veste" colorida de grande beleza. Nas suas cores podemos encontrar o verde brilhante das folhas, o branco das flores e os frutos que são inicialmente amarelos, tornando-se vermelhos com a sua maturação.
 
Antigamente o medronheiro era usado como combustível sob a forma de carvão, para a indústria de curtumes e sobretudo no fabrico de aguardente. Actualmente, a sua utilização ao nível económico e social centra-se na produção da aguardente de medronho. Esta produção é anual e todo o processo de destilação é realizado em adegas artesanais, nos próprios povoamentos ou nas suas imediações. A exploração do medronheiro encontra-se fortemente enraizada nos hábitos culturais das populações das áreas serranas Algarvias, desde a apanha dos frutos (de Outubro a Dezembro), passando pela fermentação e posteriormente pela destilação (de Dezembro a Março).
 
Um medronheiro pode produzir excepcionalmente uma arroba (15 Kg) de fruto por ano, ficando-se em média entre os 7 e os 9 Kg. A despesa da apanha e respectivo transporte do medronho até à adega representa cerca de 56% do valor de produção. O medronho é destilado em alambique, sendo necessário uma arroba de fruto para produzir 1,5 a 2 litros de aguardente. A aguardente de medronho pode atingir preços na ordem dos 7,5 a 20 euros por litro, dependendo do estatuto do comprador (particular ou intermediário) e da zona onde foi produzida.

Além da produção da aguardente de medronho, existe um aumento da procura de rama verde para arranjos florais, estando o seu uso como espécie ornamental em expansão. Devido à abundância da sua floração, o medronheiro é uma espécie com interesse do ponto de vista apícola. A sua madeira constitui um excelente combustível sendo também boa para tornear, os ramos mais jovens são utilizados em cestaria, as folhas podem servir para forragem e as folhas mais as cascas podem ser utilizadas na indústria de curtumes.

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